terça-feira, 10 de novembro de 2009

A NUDEZ CRUA E O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA

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Nos meus sonhos mais secretos não me imagino estátua.
Não me chamo José Maria Eça de Queiroz. Não me imobilizo por trás de uma senhora nua para os lados do Chiado.

Mas todo o meu ser foi invadido pelo manto diáfano da fantasia ao ver a dança de cisnes dos dois pássaros de fogo com 21 primaveras, que voaram das terras checas para esta Olissipo outonal.

Anseio pelas crinas louras, filhas de um amplexo de pernas e braços, em tresloucada greco-romana de afectos. Anseio pelos beijos vorazes, pelos segredos trocados sem o terror de ofender os deuses.

Dick Hard

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