Onofre Varela veio ao mundo no Porto, e é da colheita de 1944. Nasceu pequenino, nu, desdentado e totalmente ignorante, únicas características que partilha com Cavaco Silva e Bento XVI. Estudou pintura e seguiu uma carreira de criativo gráfico em litografias e agências de publicidade até entrar nos jornais em 1970. Passou pelas redacções de todos os diários do Porto exercendo a actividade de gráfico, ilustrador, caricaturista e cartunista, mas também escreveu crónicas e entrevistas. O interesse pelo ensaio tem muito a ver com o seu lado sarcástico e humorístico (embora possa não parecer). Ambos obrigam a uma atenta observação da sociedade, criando o espírito crítico e analítico imprescindível ao ensaista. Interessado pelo fenómeno religioso desde muito novo, leu filósofos, pensadores, histórias da religião, a Bíblia e o Alcorão. Assiste a missas e a procissões (se o não fizesse não recolhia matéria para as suas reflexões) e troca opiniões com sacerdotes e crentes das bases. Em 1997 fundou, no Porto, o movimento de ateus que conduziu à formação da Associação Ateísta Portuguesa, de que é dirigente. Este é o segundo livro que escreve sobre o tema ateísmo.Sinopse
Nesta obra expõe as suas opiniões com limpidês, transmitindo, com correcção, as suas ideias sobre o conceito civilizacional designado Deus, de um modo directo e sem intenção de afrontar a fé dos crentes. Aliás, estes merecem-lhe toda a consideração, e se, eventualmente, algum se sentir incomodado, isso é algo que não esteve nos seus intentos produzir mas que não pôde evitar, pois resulta da diversidade de sensibilidades religiosas impossíveis de contornar numa obra com o conteúdo desta.
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