Por Vítor Elias
Um estudo encomendado há meses pelo Conselho de Administração da Assembleia da República concluiu que usar água da torneira para beber nas reuniões parlamentares ficaria 30 vezes mais caro do que usar água engarrafada.
Para além disso, um outro estudo encomendado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho de Administração Não Executivo, pelo Conselho de Supervisão e pelos principais accionistas da Assembleia da República (os grandes escritórios de advocacia) concluiu que os deputados devem continuar a lavar os seus representativos rabos com água engarrafa Perrier e Evian (uma para cada borda do rabo) e, após lavadinhos e enxaguados com toalhas de linho egípcio, o serviço deve ser terminado com uma garrafa aquecida no micro-ondas de Pedras Salgadas, cujas bolhas efervescentes fazem bem à circulação sanguínea dos glúteos. Pelo contrário, segundo o estudo, limpar os rabos dos deputados com papel higiénico custaria 500 vezes mais, pois a dignidade inerente ao cargo de deputado da internacionalmente respeitadíssima III República Portuguesa implicaria sempre um rolo de papel-bíblia igual ao usado pela editora Gallimard nas suas colecções especiais, sendo que, no caso de José Lello, enquanto presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, apenas poderia limpar o rabo a uma edição do "À La Recherche du Temps Perdu" de Marcel Proust. VE
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