Uma entrevista com o presidente da Direcção da FecoPortugal é publicada hoje no Luso-Jornal, semanário que se edita em França dirigido aà comunidade portuguesa.
(A primeira pergunta foi encurtada, donde resulta que a resposta arranca com algum despropósito).
(A primeira pergunta foi encurtada, donde resulta que a resposta arranca com algum despropósito).
Presidente Zé Oliveira no Festival de Saint Just-le-Martel
Associação portuguesa de cartonistas quer alargar-se aos criadores de banda desenhada
O Salão Internacional da Caricatura e do Desenho de Imprensa Humorístico de Saint-Just-le-Martel, que decorreu na semana passada, contou com a participação de membros da Federation of Cartoonists’ Organisations (FECO). A delegação da FecoPortugal também esteve presente, fazendo-se representar pelo seu Presidente José Oliveira (mais conhecido por Zé Oliveira) e por um dos seus membros fundadores, o cartoonista Rodrigo de Matos.
O Presidente falou ao LusoJornal sobre a associação que acaba de celebrar um ano de existência.
LusoJornal: Como surgiu a ideia de criar uma associação Feco em Portugal?
Zé Oliveira: Sou realmente o primeiro Presidente da FecoPortugal, que existe apenas há um ano. Completará um ano com a nossa presença no encerramento do Salão de Saint Just-le-Martel.
A ideia da criação da FecoPortugal surgiu da necessidade! Somos uma classe de profissionais solitários e dispersos, carecidos de um mecanismo aglutinador que combata a fragilidade da nossa actividade. Não era a primeira vez que se tentava criar uma associação desta natureza, mas foi a primeira vez que se concretizou. Ao êxito não foi alheio o estímulo dos colegas espanhóis, que já haviam aderido uns anos antes ao movimento federativo internacional Feco.
LusoJornal: Tem ido com membros da Feco a vários eventos? Tem participado em outros festivais?
Zé Oliveira:Vou quase todos os anos ao Encontro Iberoamericano de caricaturistas de Alcalá de Henares (Madrid) e foi precisamente aí que os nossos amigos espanhóis nos foram estimulando, principalmente a mim e ao Varella, para a ideia da criação da Feco portuguesa. Tenho ido participar regularmente em iniciativas na Galiza, em Granada e na
Costa Rica.
Em Portugal, participo na generalidade dos encontros que existem e tenho sido responsável pela organização de alguns, designadamente em Leiria e Lousã, onde se realizou durante dez anos consecutivos a Festa da Caricatura, que tinha carácter internacional.
LusoJornal: Quais os projectos que tem para a associação para um futuro próximo?
Zé Oliveira: Para breve, iremos provocar eleições. Os corpos sociais foram empossados por indigitação directa, coisa que não considero ideal. Mas teve de ser assim para maior facilidade burocrática e menor dispêndio.
Após as eleições, os projectos cabem à futura Direcção eleita. Mas o que me parece adequado é que o segundo ano seja o da consolidação do trabalho já desenvolvido – que não é pouco, não obstante realizado com uma enorme míngua de meios. E, do meu ponto de vista, aliás coincidente com o da generalidade dos associados, deve haver um enfoque mais direccionado sobre a actividade dos autores de Banda Desenhada. Isto porque a aglutinação dos caricaturistas e cartoonistas já está conseguida.
LusoJornal: Além de Presidente da Federação em Portugal, também tem produzido cartoons. Com que meios ou instituições tem trabalhado enquanto cartoonista?
Zé Oliveira: Iniciei-me em jornais e revistas de âmbito nacional (Os Ridículos, Flama, Magazine, Barraca, Brincalhão, entre outros), depois veio a tropa e a partida para a guerra colonial (na qual fiz jornais e trabalhei em rádios). Mais recentemente, tive períodos de intenso trabalho jornalístico convencional (Região de Leiria,Trevim...) acumulado com a produção de cartoon. Além de duas a três páginas de conteúdo redactorial, produzia semanalmente
seis cartoons.
LusoJornal: Dedica-se há muito tempo a esta paixão?
Zé Oliveira: Quando regressei de Angola, abandonei tudo isso e enveredei por uma carreira técnica. Fui topógrafo durante cerca de 30 anos. Desses trinta, os últimos dez foram desempenhados em simultâneo com um regresso às andanças do desenho satírico e da crónica jornalística.
LusoJornal: É a primeira vez que participa no Festival de Saint Just-le-Martel?
Zé Oliveira: Sim, é a primeira vez.
LusoJornal: O que espera encontrar neste Festival?
Zé Oliveira:As três décadas que vivi a trabalhar dentro da paisagem, por força das características da minha actividade como topógrafo, reforçaram a minha sensibilidade rural com que, aliás, nasci. Por isso, estou curioso em poder fazer a comparação entre a vida de uma pequena localidade francesa, inserida no campo, com as congéneres portuguesas.
Para além, é claro, da surpresa que vai ser para mim verificar a aparente desproporção entre o meio e a realização. Basta lermos o programa do Salão de Saint Just,para ficarmos boquiabertos.
Susete Sampaio
in www.lusojornal.com
Associação portuguesa de cartonistas quer alargar-se aos criadores de banda desenhada
O Salão Internacional da Caricatura e do Desenho de Imprensa Humorístico de Saint-Just-le-Martel, que decorreu na semana passada, contou com a participação de membros da Federation of Cartoonists’ Organisations (FECO). A delegação da FecoPortugal também esteve presente, fazendo-se representar pelo seu Presidente José Oliveira (mais conhecido por Zé Oliveira) e por um dos seus membros fundadores, o cartoonista Rodrigo de Matos.
O Presidente falou ao LusoJornal sobre a associação que acaba de celebrar um ano de existência.
LusoJornal: Como surgiu a ideia de criar uma associação Feco em Portugal?
Zé Oliveira: Sou realmente o primeiro Presidente da FecoPortugal, que existe apenas há um ano. Completará um ano com a nossa presença no encerramento do Salão de Saint Just-le-Martel.
A ideia da criação da FecoPortugal surgiu da necessidade! Somos uma classe de profissionais solitários e dispersos, carecidos de um mecanismo aglutinador que combata a fragilidade da nossa actividade. Não era a primeira vez que se tentava criar uma associação desta natureza, mas foi a primeira vez que se concretizou. Ao êxito não foi alheio o estímulo dos colegas espanhóis, que já haviam aderido uns anos antes ao movimento federativo internacional Feco.
LusoJornal: Tem ido com membros da Feco a vários eventos? Tem participado em outros festivais?
Zé Oliveira:Vou quase todos os anos ao Encontro Iberoamericano de caricaturistas de Alcalá de Henares (Madrid) e foi precisamente aí que os nossos amigos espanhóis nos foram estimulando, principalmente a mim e ao Varella, para a ideia da criação da Feco portuguesa. Tenho ido participar regularmente em iniciativas na Galiza, em Granada e na
Costa Rica.
Em Portugal, participo na generalidade dos encontros que existem e tenho sido responsável pela organização de alguns, designadamente em Leiria e Lousã, onde se realizou durante dez anos consecutivos a Festa da Caricatura, que tinha carácter internacional.
LusoJornal: Quais os projectos que tem para a associação para um futuro próximo?
Zé Oliveira: Para breve, iremos provocar eleições. Os corpos sociais foram empossados por indigitação directa, coisa que não considero ideal. Mas teve de ser assim para maior facilidade burocrática e menor dispêndio.
Após as eleições, os projectos cabem à futura Direcção eleita. Mas o que me parece adequado é que o segundo ano seja o da consolidação do trabalho já desenvolvido – que não é pouco, não obstante realizado com uma enorme míngua de meios. E, do meu ponto de vista, aliás coincidente com o da generalidade dos associados, deve haver um enfoque mais direccionado sobre a actividade dos autores de Banda Desenhada. Isto porque a aglutinação dos caricaturistas e cartoonistas já está conseguida.
LusoJornal: Além de Presidente da Federação em Portugal, também tem produzido cartoons. Com que meios ou instituições tem trabalhado enquanto cartoonista?
Zé Oliveira: Iniciei-me em jornais e revistas de âmbito nacional (Os Ridículos, Flama, Magazine, Barraca, Brincalhão, entre outros), depois veio a tropa e a partida para a guerra colonial (na qual fiz jornais e trabalhei em rádios). Mais recentemente, tive períodos de intenso trabalho jornalístico convencional (Região de Leiria,Trevim...) acumulado com a produção de cartoon. Além de duas a três páginas de conteúdo redactorial, produzia semanalmente
seis cartoons.
LusoJornal: Dedica-se há muito tempo a esta paixão?
Zé Oliveira: Quando regressei de Angola, abandonei tudo isso e enveredei por uma carreira técnica. Fui topógrafo durante cerca de 30 anos. Desses trinta, os últimos dez foram desempenhados em simultâneo com um regresso às andanças do desenho satírico e da crónica jornalística.
LusoJornal: É a primeira vez que participa no Festival de Saint Just-le-Martel?
Zé Oliveira: Sim, é a primeira vez.
LusoJornal: O que espera encontrar neste Festival?
Zé Oliveira:As três décadas que vivi a trabalhar dentro da paisagem, por força das características da minha actividade como topógrafo, reforçaram a minha sensibilidade rural com que, aliás, nasci. Por isso, estou curioso em poder fazer a comparação entre a vida de uma pequena localidade francesa, inserida no campo, com as congéneres portuguesas.
Para além, é claro, da surpresa que vai ser para mim verificar a aparente desproporção entre o meio e a realização. Basta lermos o programa do Salão de Saint Just,para ficarmos boquiabertos.
Susete Sampaio
in www.lusojornal.com
Poste transplantado daqui.
1 comentário:
Foi o meu texto. Sim. Tentei corrigir a primeira parte mas já não foi a tempo. O que conta é a intenção. E os dois textos que fiz sobre a participação no evento.Cumprimentos.SS
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